quarta-feira, 27 de maio de 2009

É sempre assim.

Pode o tempo passar;

Pode o mundo girar;

Pode a vida nos separar que sempre,

sempre acabamos assim: Eu e você juntos, como sempre estivemos.






Amo você em tudo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Metades

Soava o apito da barca das 12, no dia 12, metade do dia. Eu ainda não sabia, mas pressentia - encontraria ali a outra metade da minha vida. Naquela travessia fui descoberta pelo amor... e descobri a eternidade nos olhos mais maliciosamente infantis que embalariam o meu coração.

E eu, apenas uma passageira solitária, quis ver minha existência invadida por aquela torrente tão inexplicavelmente linda.

Percorremos várias geografias: Textos, almas, lugares. Nessas paisagens nós nos reconhecíamos cada vez mais, nos alimentávamos e reconstruíamos nossos caminhos; Reafirmamos amizades e navegamos no fascinante mar da aprendizagem cúmplice e solidária.

Esse encontro, alento visceralmente poético, redimensionouva minha perspectiva e revitalizou meus sentimentos.

domingo, 24 de maio de 2009

Secreto Amigo

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade, e eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.Mas porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar!Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar.

Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda curiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo,todos os meus amigos, e, principalmente,os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus Amigos!

Tais de Castro

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cantiga para não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

Ferreira Gullar.

domingo, 17 de maio de 2009

Se você é mulher, irá se identificar.

Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para que ter a perna depilada,
Para que aturar uma empregada
Ou para que trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que "dele" não lembra nem o nome?


Texto da internet, velho pra caramba e eu não tenho noção de quem possa ter escrito!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Profissão: mamãe!

Sexta-feira, dia de sair com os amigos, mandar os problemas pra puta que os pariu, dia de dormir tarde ( ou não dormir). Como meus amigos dizem: sexta feira é dia de 'perereca tomar leite no canudo'.

Particularmente adoro as sextas mais do que os sábados, porque na sexta a gente ainda tá embalado da semana, e sair assim é bom pra extravasar, voltar de alma leve. Sábado não, os ânimos já esfriaram, a gente sai só pra fazer um socialzinho, ver gente diferente, rir e chegar de porre em casa pra matar de vez o domingo. Por que domingo ninguém merece, ô diazinho morto de uma figa!

Quando eu era independente ( leia-se, não tinha filhos), eu saia do trabalho na maior adrenalina, chegava em casa, tomava banho rápido, comia alguma coisa e ia direto pra rua. O programa raramente variava, primeiro um cinema ou um restaurante e depois pista de dança, me acabava na night, bebia no limite da embriaguez, daquele jeito de nem bêbada e nem sóbria. Conhecia tanta gente legal, tanto idiota. Ria dos micos que eu pagava e dos que pagavam.... tudo era festa e a noite era longa!!!

Hoje continuo adorando a sexta-feira, chego rápido em casa, na maior adrenalina, tomo um banho rapidinho e corro pra dar colo ao meu filho. Passo a maioria dos meus finais de semana com ele e não vou mentir, sinto falta da badalação, mas troco qualquer programa pra ficar com ele. Ter o Caio na minha é uma realização, uma conquista pessoal. Tantas desventuras tive antes de ser mãe e quando peguei o exame de confirmação, prometi que seria tudo pra ele, cada coisa que conseguisse, seria somente pra ele.

Minha badalada sexta-feira hoje se resume em um DVD, pipoca, suco e um livro mais tarde, já quase na hora de dormi. Quando ele, enfim dorme, apanho um vinho, meu cigarro e brindo sozinha, porém feliz, minha mais nobre profissão.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu e os homens

Minha mãe me criou pra ser delicada, no entanto nunca pude satisfazê-la.
Quando eu era mais nova, bem mais nova, minhas brincadeiras preferidas eram a que os meninos brincavame a lista era imensa, desde futebol e bolinhas de gude à carrinhos de rolimã.

Na adolescência, minha preferência pela companhia masculina trouxe inúmeras vantagens, além de ser mais mimada e protegida, aprendi a ficar mais esperta e principalmente, aprendi a me defender contra eles, aos poucos fiquei craque em reconhecer o canalha, o cafajeste e os para casar(sic).

Conviver com meninos me fez crescer sem modos. Não podia usar saia porque sentava de pernas abertas e em qualquer lugar, minhas unhas quando não estavam imundas, estavam no 'sabugo' de tanto roer. Não usava roupas rosinhas e nem prendia meu cabelo porque achava isso muito menininha - creio que minha mãe nem dormia de tanta preocupação com medo de eu jogar no outro time ( embora não seja preconceituosa, mãe nenhuma gosta de ter um filho homossexual), sem contar que na escola eu era a mais capetinha e em toda briga eu estava enfiada, seja brigando, seja incitando os colegas. Perdi as contas das advertências e suspenções que tomei ao longo de minha vida estudantil. Aprendi também tudo o que não presta: piadas podres, linguajar característico dos meninos, bem como suas gírias e expressões, ahh e os palavrões... esses eu penava, mas adorava (adoro) dizê-los.

Falar palavrão é uma espécie de relaxamento. É gostoso xingar com toda a força do mundo. Xingar por tudo, por nada, pra todo mundo, pra ninguém, pra você mesmo. Eu me xingo demais.

Cresci rodeada dos homens, mas fui me apaixonar por um somente aos 16 e foi paixão arrebatadora, daquelas de perder o rumo e o prumo, com 2 meses de namoro nós não éramos mais virgens e planejávamos nosso futuro rodeado por gurizinhos, graças a Deus não tivemos tanto futuro e muito menos gurizinhos. Uma vez, fomos a praia e roubaram o chinelo dele. Ele viu quem o roubou e não fez nada, indignada e tomada por algum espírito machão fui atrás do sujeito e dei-lhe um murro nas fuças. O rapazola me devolveu o chinelo, mas prometeu vingança. O meu namoradinho enfiou o rabo entre as pernas e nunca mais voltou naquela praia. Eu, como galinho de briga, ia todos os dias... acabou que nos tornamos amigos e rimos disso até hoje, (e ele jura que não roubou o chinelo, simplesmente pegou porque achou que não tinha dono...rs).

Conviver com os homens sempre foi mais fácil, entre nós mulheres há muita competição, os homens não, eles são fieis às amizades, são mais agradáveis. Rodinha de conversa de homem é bem mais animada do que a das mulheres. Os homens em geral são muito mais bem humorados e não reclamam tanto da vida. Com tanta convivência masculina assim eu só poderia mesmo parar na polícia.

Ser policial nunca foi um sonho, meu sonho era ser médica, ser pediatra, mas eu sempre tive uma quedinha pelos fardados, sempre os achei homens de verdade ( pelo menos os honestos), a solução era ser médica e policial, sendo assim sou médica perito. Nunca me senti tão realizada.
Mas minha saga com os homens não terminaria no ambiente de trabalho, casei e tive um filho, um homenzinho, Caio. Meu pequeno grande homem, meu universo.