segunda-feira, 27 de julho de 2009

Suspensa

Não sinto nada além de um grande nada que se agiganta dentro de mim. Não estou só, não sou só, mas esse nada me consome há dias.

São dias que parecem que não há vento, não há brisa, são dias escuros, cinzentos e parados, aquele mormaço que queima, no entanto não vemos o sol.

Dias como esse, espero telefonemas, surpresas, alguma catástrofe que me tire dessa normotonia, que me tire dessa suspensão, que me agite e me dissolva no meio do caos, no meio da ventania e tempestades.

Não gosto de dias em que nada se move. Meus olhos piscam porque foram condicionados. Meu coração pulsa de teimoso, porque no meio de tanto nada, alguém precisa de alguma motivação.

São dias que custam a passar, noites que terminam como vieram e a gente no meio disso tudo reza, roga, implora para que passe a nuvem e o sol encha de novo a casa, a minha casa, meu templo, meu coração.

Um comentário:

Jean B. disse...

Ficou bonito isso, mas tenha cuidado quando emfim a brisa vier, pois ela pode te levar para lugares inesperados. Um abraço.